domingo, 26 de abril de 2009
Objeto interativo: pré-entrega
Inhotim
Galeria True Rouge
''Com um acervo de, aproximadamente, 500 obras de mais de 100 artistas, a coleção de Inhotim vem sendo formada desde meados de 1980, com foco na arte produzida internacionalmente nos anos 1960 até os nossos dias. Pintura, escultura, desenho, fotografia, vídeo e instalações de renomados artistas brasileiros e internacionais são exibidos em galerias espalhadas pelo parque botânico.''
Cosmococa 5 Hendrix War - Hélio Oiticica e Neville D’Almeida
Essas redes de balanço definitivamente não estão aqui para você relaxar ou dormir, ainda mais ao som de Jimmy Hendrix. Essa obra envolve projeção de slides e parece estar mais para uma instalação. Fiquei curiosa para saber o tema das projeções, o nome não me jaudou muito.
EDIT: Vasculhando um pouco mais, vi que o tema é a cocaína. Ainda assim o nome nunca me incitaria a fazer essa associação.
Gigante dobrada - Amilcar de Castro
Essa foi a única obra que consegui encontrar das que eu me lembro de 2007. E, coincidentemente, o autor é Amilcar de Castro, quem, ao lado de Lygia Clark e Ferreira Gullar - dentre outros - lançou o Manifesto Neoconcreto, em 1959. Ao chegar de frente para obra, lembro-me de ter visualizado um pássaro com as asas abertas.
Através - Cildo Meireles
Na descrição da obra, temos: ''Trata-se de uma coleção de materiais e objetos utilizados comumente para criar barreiras, com os mais diferentes tipos de usos e cargas psicológicas: de uma cortina de chuveiro a uma grade de prisão, passando por materiais de origem doméstica, industrial, institucional.'' Instantaneamente me lembrei do texto ''Design: obstáculo para a remoção de obstáculo''. Ainda que essas barreiras, na obra, sejam físicas, elas estão, no nosso cotidiano, condicionadas aos objetos de uso bem determinado (inclusive classificados de acordo com suas origens).
Glove Trotter - Cildo Meireles
Pode ser que seja algo completamente diferente disto, mas, para mim, essa obra só pode ser uma representação da lua. Imaginei-me caminhando pela obra e fiquei curiosa para sentir o pisar, a textura do material usado para fazer o ''chão''. Será possível chegar a algo que realmente remeta à leveza da pequena gravidade lunar? Espero ter chance de descobrir.
O colecionador, Adriana VarejãoPela foto, eu definivamente não consegui entender a associação obra/nome. Mas também não garanto entendê-la mesmo de frente para a tela. Pois é, isso é uma tela pintada a óleo. Foi mais isso mesmo que chamou minha atenção; eu nunca diria que isso fosse algo que não um mosaico. E a perspectiva é muito boa, invejei muito autor já que meus desenhos têm sempre um quê de distorcido nessa parte.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
domingo, 5 de abril de 2009
Castelo mágico
Na tentativa de aplicar Hertzberger à criação, procurei desenvolver algo com múltiplas funções. O castelo pode ser utilizado como um simples objeto de decoração, como um brinquedo ou, ainda, como um porta-lápis.
Objeto Oi Futuro
Durante boa parte do tempo de visitação, fiquei dentro da sala “Profetas do futuro”, assistindo aos diversos vídeos de figuras internacionalmente conhecidas e importantes. Neles, essas pessoas expunham seus pensamentos através de célebres frases de autoria própria ou depoimentos.
Paralelamente, é impossível você entrar no museu e não perceber a quantidade de informações à sua espera, todas relacionadas à tecnologia. Internet, celulares, telefones e os próprios vídeos de apresentação ilustram isso. Dessa forma, em uma palavra, tentei resumir toda essa vasta gama de acessos: rede.
A partir do SketchUp, tentei explicitar a oposição existente entre a ideia humana e a rede tecnológica já que, no museu, isso ficou bem claro para mim. A base do objeto, essa forma parecida com uma esfera, é preenchida de modo altamente disforme e sem padrão, simbolizando a rede. E a forma próxima à de uma esfera vem para reforçar a aparência infinita dessa rede; não se sabe onde ela começa ou termina. Tentei, na parte de cima do objeto, remeter à projeção da sala já mencionada. Einstein, Oscar Niemeyer, Andy Warhol, Platão, Nostradamus e Goethe – todos homens que, com suas próprias ideias, conseguiram deixar marcas notáveis. A aparentemente frágil linha que liga essas duas partes consegue equilibrar, bem no centro de gravidade, a parte humana. No entanto, estabelecendo uma ponte com Einstein, tudo é relativo: um leve toque é capaz de desestabilizar a estrutura. Minha leitura, conforme já dito, é baseada no contraste homem-tecnologia: Hoje, tudo está tão impregnado de tecnologia que a dependência humana em relação à mesma é inegável. Ao mesmo tempo, foram ideias as responsáveis pela construção do nosso mundo, inclusive da rede, apontando a superioridade humana. A projeção, portanto, é sim equilibrada, mas está no alto.